Por Edson Francisco Lourenço
No início da tarde de uma terça-feira, em abril de 2003, cheguei ao meu trabalho às 12 horas, então eu gestor de um centro de lazer em Tatuí (minha formação de origem é a educação física). Às 12h40, fui chamado pelo porteiro da entrada, que havia sido acionado pelo porteiro do balneário: havia um sócio em situação grave dentro do balneário. Enquanto eu ia até o local, o porteiro da entrada foi abrir o portão de mais fácil acesso para facilitar a chegada do Corpo de Bombeiros até a vítima.
Ao chegar no local, vi o guarda-vidas realizando o procedimento de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) e perguntei se ele precisava de ajuda. Fui instruído a realizar as compressões torácicas enquanto ele monitorava os sinais da vítima. Cerca de dois minutos depois, os bombeiros chegaram e assumiram o atendimento. Às 15h40 o jovem de dezessete anos, recém chegado de Poá, na Grande São Paulo, veio a óbito. Ele havia tido uma congestão dentro da piscina de 120mts.
Por volta das 20h30, estávamos eu, o guarda-vidas que atendeu o rapaz e outros gestores do centro de lazer dentro da casa da família. Em frente aos pais e aos seis irmãos, explicávamos detalhadamente o que havíamos realizado de atendimento. Quando estávamos saindo, a mãe nos disse algo que me marcou pra sempre: “Pelo menos o meu filho não morreu sozinho”.
Como eu consigo me lembrar dos pormenores sem muito esforço, além do fato ter sido pesado? Sei que era uma terça, porque na segunda havíamos passado o dia treinando a equipe do centro de lazer para atendimento a emergências. Por conta desse treinamento, todos os horários foram anotados e cada um fez o que precisava fazer. E, ao final da segunda, terminamos com a seguinte frase: “Vamos ficar atentos, porque pode acontecer amanhã”. E aconteceu…
Naquele dia nasceu, dentro do meu coração e da minha mente, a Muvus Cultura de Prevenção. Trabalhei até 2020 na mesma empresa, desempenhando várias funções de gestão e nunca me afastando dos temas relacionados ao comportamento preventivo.
O que aquela mãe nos disse, em outros termos, foi: “Vocês deram as respostas certas para um momento tão absurdamente doloroso”. Ao terminar meu ciclo como CLT, abri a Muvus (‘Move Us’ aportuguesado) com todos os projetos e ideais que defendi até então. Em junho de 2020, abri a empresa baseado em todas as minhas experiências, aprendizados e dúvidas que o contato com escolas e empresas me trouxeram, abrangendo ainda um terceiro nicho: condomínios.
E, pensando no ambiente corporativo, minha proposta é atuar com os seguintes focos:
- Empresas com grau de risco 3 e 4 e/ou com SESMT mais encorpado: funcionar como parceiro na sensibilização, mobilização e capacitação atitudinal dos CPFs, complementando a ação técnica das áreas de saúde e segurança;
- Empresas com grau de risco 1 e 2 e/ou com SST/RH terceirizados: funcionar como catalizador de gestores e colaboradores para os benefícios e lucratividade de baixos acidentes e afastamentos, potência de uma equipe saudável e competitividade do CNPJ, a partir dos indicadores de saúde e segurança do CPF;
- Proprietários, gestores e líderes de empresas: funcionar como capacitador destes players, gerando condições de conhecimento para que haja re-conhecimento das oportunidades
- Colaboradores: liderar a construção de programas de saúde/qualidade de vida, alcançando resultados para além dos indicadores de saúde, tais como: maior engajamento, melhora no clima organizacional e aumento da sensação de pertencimento.
Você pode perguntar: o que isso tem a ver com comportamento preventivo?
- O que daria pra fazer com 4.088.153 dias de trabalho? Pois bem, essa é a somatória do tempo perdido entre 2000 e 2018, pelas empresas de Sorocaba/SP apenas com os chamados B91 (benefício acidentário do tipo auxílio doença – afastamento com mais de 15 dias). Aqui os colaboradores são pagos sem produzir!
- O que daria para fazer com 1 milhão de reais? Essa é a projeção de imposto GIIL-RAT, pago a mais por uma empresa sorocabana com 140 funcionários, em média, entre os anos de 2010 e 2018, por conta do ajuste feito pelo FAP, um imposto pago sem necessidade.
- Você sabe como está a saúde mental, física e emocional dos seus colaboradores? Quando foi a última vez que você, empresário, gestor ou líder, se sentou com as áreas de saúde e segurança para discutir em profundidade os resultados dos exames periódicos do seu time? Essa é uma informação valiosa e estratégica que tem sido desperdiçada.
Certamente que os comportamentos dos CPFs mais focados em prevenção trariam menos impactos financeiros e de competitividade para os CNPJ’s envolvidos.
O que a Muvus pretende é trazer estes e outros tantos assuntos pertinentes para a mesa de estratégias de sua empresa, sem gastar tempo ou recursos de forma desordenada. Basicamente, nossa metodologia se baseia no seguinte:
- Diagnóstico inicial;
- Estabelecimento de indicadores;
- Definição de estratégias e metas;
- Execução de projetos com foco em torná-los processos dentro das empresas;
- Impacto na cultura de prevenção das empresas.
Parafraseando: ‘‘Se você acha que prevenir é caro, experimente a doença.’’
Por mais comportamento preventivo e mais produtividade! Vamos falar sobre isso? Chama a Muvus que a gente resolve!
Vida longa e próspera!
Texto por Edson Francisco Lourenço
Muvus Cultura de Prevenção
Conheça mais a empresa: www.muvusprevencao.com