Seguindo a linha de convidados especiais, o blog da A.Flux dessa semana conta com a contribuição da PhD FT Bruna Sixel. O tema tratado pela fisioterapeuta é bastante atual e foi retirado da importante Revista Científica European Respiratory Journal publicada em julho de 2018.
Bruna Sixel faz um resumo do tema do artigo que relaciona a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) a alterações na estrutura cerebral que são também observadas nos estágios iniciais da demência.
Vale uma leitura atenta sobre o assunto que descreve como foi realizada a pesquisa que gerou estes resultados. Quem quiser ler a íntegra do arquivo, em inglês, basta CLICAR AQUI.
Boa Leitura!
_____________________________
Apneia do Sono e alterações na estrutura cerebral
De acordo com o estudo publicado este mês pelo European Respiratory Journal, importante revista científica europeia, a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) está associada à alterações na estrutura cerebral que são também observadas nos estágios iniciais da demência.
Os pesquisadores estudaram um grupo de 83 pessoas, com idade entre 51 e 88 anos, que buscaram assistência médica devido a queixas relacionadas a alterações de memória ou humor, mas sem diagnóstico de AOS. Todos os pacientes foram avaliados quanto as habilidades de memória e sintomas de depressão, além das medidas de diferentes áreas cerebrais através de exame de Ressonância Magnética. Os sinais de AOS foram monitorados durante a noite através de polissonografia.
Os pesquisadores observaram que pacientes que tinham baixos níveis de oxigênio no sangue durante o sono tendiam a ter redução da espessura nos lobos temporais direito e esquerdo do cérebro.
O estudo foi conduzido pela professora Sharon Naismith da Universidade de Sidney na Austrália. Ela afirma: “Nossos resultados sugerem que deveríamos pesquisar AOS em idosos. Deveríamos também questionar pacientes idosos em investigação de AOS sobre sua memória e habilidades intelectuais, realizando testes quando necessário. ”
“Não há cura para a demência, então uma intervenção precoce é a chave. Por outro lado, temos um tratamento eficaz para a AOS. Esse estudo mostra que o diagnóstico e tratamento da AOS pode ser uma oportunidade de prevenir declínio cognitivo antes que seja tarde demais.”
Traduzido e adaptado de www.ersnet.org. Acessado em 05 de julho de 2018.
______________
Deixe o seu comentário, a sua dúvida e sugestões que a nossa equipe encaminhará para a PhD FT Bruna Sixel.