Se tem uma coisa que ninguém gosta é de ronco. A pessoa ao lado não consegue dormir e a que está roncando, coitada, muitas vezes nem faz ideia de que está causando esse desconforto todo.
As causas para isso são diversas, entre elas, as doenças pulmonares, que causam danos nas vias respiratórias, interferindo na troca do oxigênio e gás carbônico nos pulmões.
E para você entender melhor sobre o assunto, vamos falar mais a respeito logo abaixo. Confira!
Outras causas do ronco
Outras doenças podem afetar o fluxo de ar, tornando a hora de dormir mais complicada. O cenário você já deve conseguir imaginar: noites mal dormidas, sonolência excessiva, dificuldades em manter a concentração.
Essas doenças, também chamadas de distúrbios respiratórios, em alguns casos, pode ocasionar no ronco e também a apneia do sono, um distúrbio do sono que, quando não tratado da forma correta, pode acarretar em sérios problemas de médio a longo prazo, inclusive a morte.
Outra associação é entre o ronco e asma, particularmente, asma noturna. Nesses pacientes o processo inicia com a resistência nasal aumentada (pela rinite alérgica e/ou polipose nasal), que causa estreitamento da via aérea superior (VAS) e fluxo turbilhonado. Indivíduos com familiares que roncam também possuem chances aumentadas de roncar.
E como saber que estou com uma doença pulmonar?
O Hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo, classifica como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) distúrbios que causam danos nas vias respiratórias, interferindo na troca do oxigênio e gás carbônico nos pulmões.
Algumas dessas doenças podem ser crônicas, exigindo tratamento ao longo de toda a vida do paciente para evitar complicações.
E, segundo os especialistas, a DPOC é uma das principais causas de mortalidade em todo mundo, sendo a maioria dos casos associados ao tabagismo prolongado.
Portanto, quando há ocorrência da doença, é necessário um rápido diagnóstico para o início do tratamento.
Essa recuperação (melhora do quadro do paciente) envolve a mudança de hábitos, como o abandono do cigarro e de bebidas alcoólicas, a reabilitação respiratória (por meio de terapias com ventilação mecânica, como o uso de CPAPs) e a contenção dos sintomas com suporte medicamentoso.
Os perigos da doença pulmonar
Além disso, obstruções respiratórias podem ser resultado de heranças familiares (sendo necessário o estudo do histórico médico) e anomalias físicas, sendo este último possível de intervenção cirúrgica como solução, dependendo da gravidade do problema.
Dentre os principais perigos da DPOC, para além da falta de ar, estão:
- Baixo nível de oxigênio no sangue, dado a dificuldade para respirar propriamente ou ter a respiração interrompida (com episódios de apneia e asfixia);
- Acidificação do sangue, causado pelo acúmulo de dióxido de carbono e que resulta na fadiga excessiva;
- Falha no funcionamento dos órgãos, já que os tecidos não são irrigados propriamente com oxigênio;
- Aumento da pressão arterial, por conta da respiração interrompida constantemente;
- Maiores riscos do desenvolvimento de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Essas doenças podem ser causadas por motivos diferentes e apresentar sintomas bastante similares, sendo necessário o auxílio médico para indicar a melhor forma de tratamento.
Para você ficar atento à sua saúde, separamos algumas doenças pulmonares para ficar de olho e, caso já perceba sintomas, já procurar um atendimento médico imediatamente.
Enfisema pulmonar
O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa dos tecidos respiratórios. Ela é causada, principalmente, pelo abuso de substâncias tóxicas ao longo da vida do paciente, como cigarro e álcool.
Em geral, essa doença apresenta sintomas como a falta de fôlego e sensação de falta de ar. A inalação constante da fumaça emitida pelos cigarros, em especial, causa a dificuldade do organismo em respirar o oxigênio suficiente, já que a queima proporciona um aumento dos níveis de dióxido de carbono.
Além disso, a pessoa fumante tem um trato respiratório mais sensibilizado, podendo estar propenso a desenvolver outras doenças respiratórias, já que as defesas na região do nariz e garganta são impactadas pelo tabagismo.
Para o tratamento, são recomendados medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios. Entretanto, o problema pode persistir caso o paciente mantenha o hábito do fumo.
Câncer de pulmão
Provavelmente uma das doenças pulmonares mais graves, o câncer de pulmão é resultado de negligência do sistema respiratório e, também, do abuso de substâncias químicas. Com o tempo, o pulmão torna-se degradado pelo cigarro, que inflama os alvéolos pulmonares e impossibilita a troca gasosa.
Muitas vezes, o diagnóstico é feito somente quando é tarde demais e após anos de consumo de cigarro. E não somente os fumantes podem ser diagnosticados com a doença: fumantes passivos (pessoas que convivem com pessoas que fumam) também são propensos a desenvolver esse problema.
O tratamento do câncer de pulmão irá depender de qual estágio ele for diagnosticado. Geralmente, envolvem terapias respiratórias, quimioterapias e radioterapias para evitar que as células cancerosas se espalhem por outras partes do corpo (metástase). Em alguns casos, podem ser realizados transplantes de pulmão.
Pneumonia
A pneumonia é uma infecção que inflama os alvéolos pulmonares, seja em um ou dos dois pulmões, fazendo-os inflamar com líquido ou pus.
Ela pode ser causada por qualquer micro-organismo, seja vírus, bactéria ou fungo, ou pela inalação de produtos tóxicos. Além disso, é transmissível pelo ar, saliva, e transfusões de sangue. No entanto, surtos de pneumonia também estão atrelados às mudanças bruscas de temperatura, sendo mais comuns no inverno.
A pneumonia causa tosse com muco, acompanhada de febre alta, dificuldades de respirar, falta de ar e dor no peito (podendo haver um chiado durante a respiração).
O tratamento precisa ser feito rapidamente com antibióticos ou antivirais (dependendo do agente causador), já que pode ser fatal para qualquer pessoa (em especial, crianças e idosos).
Embolia pulmonar
Na lista das doenças pulmonares mais graves, a embolia pulmonar sempre está como uma das maiores preocupações dos médicos. Ela pode envolver diferentes fatores: heranças genéticas (passadas de pai para filho), obesidade, tabagismo, dentre outros.
Essa doença é caracterizada pela obstrução de artérias no pulmão, com acúmulo de material sólido trazido por meio da corrente sanguínea. Como resultado, quando não diagnosticado e tratado, o problema pode causar o coágulo de sangue, causando tromboses.
Os sintomas são bastante semelhantes a outros distúrbios respiratórios (com falta de ar, dor no peito e tosse), sendo necessário um tratamento urgente para romper o coágulo e evitar o risco de fatalidades.
Asma e bronquite crônica
Provavelmente as doenças pulmonares mais conhecidas, a asma e a bronquite crônica costumam atingir especialmente crianças em fase de desenvolvimento. Nessas condições, as vias aéreas respiratórias ficam inflamadas, estreitas e inchadas, dificultando a respiração ou deixando-a mais acelerada.
Para isso, é aconselhável o uso de inaladores que atuam como broncodilatadores, possibilitando a retomada da respiração em um período de crise.
Ambas podem, também, ser resultantes de uma crise aguda. Mudanças de temperatura, exposição à micro-organismos (como vírus e bactérias) e alergias podem propiciar o aparecimento dessas doenças.
Bronquite Aguda
A bronquite aguda é a inflamação da árvore traqueobrônquica, geralmente depois de uma Infecção das vias respiratórias superiores que ocorre em pacientes sem doenças pulmonares crônicas. A causa quase sempre é uma infecção viral.
Os sintomas são constituídos por tosse, com nenhum ou pouco escarro, acompanhada ou precedida de sintomas de ITRS, normalmente em menos de 5 dias. A dispneia subjetiva resulta de dor torácica com a respiração, mas não de hipóxia.
Frequentemente, não existem sinais, mas podem surgir roncos e sibilos esparsos. O escarro pode ser claro, purulento ou, ocasionalmente, conter sangue. As características do escarro não correspondem a uma etiologia particular (viral versus bacteriana). Pode haver febre leve, mas febre alta ou prolongada é incomum e sugere gripe ou pneumonia.
E o tratamento é de suporte, onde antibióticos normalmente são desnecessários.
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Fonte: Hospital Albert Einstein, Hospital Oswaldo Cruz e Manual MSD.