O fisioterapeuta, com seus recursos e técnicas, é fundamental na busca pela não
disseminação do vírus. Entenda mais a sua atuação neste artigo.
A disseminação do Coronavírus nos trouxe tempos de mudança seja na vida pessoal, seja
na profissional. As rápidas mudanças nas perspectivas locais e globais, com inúmeras
“novas recomendações” federais e estaduais que influenciam na condução da situação
emergencial.
A assistência fisioterapêutica aos pacientes diagnosticados com Covid-19 deve seguir
quatro princípios fundamentais: identificação precoce, isolamento, diagnóstico e tratamento.
Além disso, é importante estabelecer e descrever a nova estratégia estratégica do fluxo do
processo de trabalho e do treinamento, passo a passo, a segurança desse novo processo.
Quais recursos e técnicas escolher?
A escolha dos recursos e técnicas fisioterapêuticas deve ser realizada de acordo com as
indicações e contraindicações de cada uma delas, além de considerar os riscos e a
individualidade do paciente. Em meio à pandemia da Covid-19, a redução da disseminação
do vírus é uma preocupação importante dos órgãos e profissionais de saúde.
Deste modo, o fisioterapeuta que atende pacientes com Covid-19 precisa ser criterioso ao
escolher recursos e técnicas que promovam os melhores benefícios da intervenção e, ao
mesmo tempo, permitam que o profissional não se torne um agente transmissor do vírus ou
se contamine. É importante lembrar que a Covid-19 pode apresentar diferentes quadros
clínicos, atingindo a população de formas variadas.
Embora o quadro clínico do paciente possa ser um fator determinante na escolha dos
recursos e técnicas fisioterapêuticas, independentemente da classificação, deve-se
considerar que existe um grande risco de disseminação do vírus e, portanto, o planejamento
fisioterápico deverá ser adaptado ou adequado de acordo com os fatores ambientais
disponíveis.
Os procedimentos fisioterapêuticos podem ser considerados de alto risco quando incluem
geração de aerossóis, como: aspiração das vias aéreas, coleta de secreção das vias aéreas
superiores, auxílio na intubação traqueal e manobras de parada cardiorrespiratória. É
importante lembrar que mesmo o manuseio direto do paciente para posicionamento,
extubação traqueal eletiva, troca dos filtros de barreira e ajuste / fixação do tubo traqueal
são procedimentos de risco.
A importância do fisioterapeuta
O papel do fisioterapeuta é importante, principalmente relacionado à qualidade da
assistência a esses pacientes na pandemia de Covid-19. O fisioterapeuta necessita sempre
reforçar a validação das muitas estratégias utilizadas pelo fisioterapeuta.
É importante lembrar que durante o tratamento médico intensivo desses pacientes, mesmo
com ventilação pulmonar protetora, sedação e bloqueadores neuromusculares, esses
pacientes apresentam alto risco de desenvolver fraqueza muscular adquirida na UTI e,
consequentemente, piorar sua morbimortalidade.
Em pacientes sob ventilação mecânica, o fisioterapeuta utiliza como recurso essencial o
cálculo de índices de oxigenação, utilizados para a classificação da gravidade da síndrome
do desconforto respiratória aguda (SDRA).
O grau de lesão pulmonar é classificado como SDRA leve, moderada e grave. Outras
estratégias de monitoramento e controle da ventilação mecânica como controle do excesso
de oxigênio e excesso de pressão gerada pelo ventilador são extremamente importantes,
podendo evitar novos danos a um pulmão já previamente lesionado.
A equipe pode influenciar positivamente no tratamento?
Uma equipe preparada, motivada e experiente pode influenciar diretamente o sucesso do
tratamento da COVID-19. Os objetivos devem ser bem estabelecidos, com métodos de
tratamento baseados nas melhores evidências, combinadas com o domínio de diferentes
tecnologias. Além do estágio agudo da doença, a Fisioterapia desempenhará um papel
importante, fornecendo intervenções com exercícios, mobilização e reabilitação precoce.
Dessa forma, será possível promover uma recuperação funcional para sobreviventes de
doenças críticas associadas ao COVID-19.
Se você precisa de mais informações ou de um acompanhamento profissional, a Health
está à sua disposição. Temos um time de especialistas pronto para te ajudar, é só entrar em
contato conosco.
Fonte:
Complexo Hospital de Clínicas – CHC
Valéria Cabral Neves, Camila Gemin Ribas, Bruno Miranda e Emily de Souza