O sono é uma função humana normal necessária para sustentar a vida. Mas, mesmo nos melhores momentos, ter uma boa noite de sono é um problema para muitas pessoas e isso vale em dobro para as pessoas com distúrbios do sono.
Com a Covid-19, esses problemas aumentaram aos trancos e barrancos. Segundo Amanda L. Roby, diretora do programa BSRC de educação clínica na Youngstown State University, nos Estados Unidos, diz que a pandemia afetou tudo o que envolve o sono.
“A Covid-19 não tem sido bom para os horários de sono das sociedades, especialmente aqueles que já foram diagnosticados com um distúrbio do sono. Para muitas pessoas, isso gerou um estresse significativo, ansiedade e preocupações com saúde, isolamento social, emprego e finanças. Todas essas complexidades são ainda mais realçadas com o desafio de combinar trabalho e obrigações familiares”, afirma ela, que é especialista em cuidados respiratórios.
Horários de sono sofrem
Pessoas com apneia obstrutiva do sono e outros distúrbios do sono geralmente requerem tratamento. Mas, conseguir o que precisam durante uma pandemia, que fechou tantas clínicas médicas por meses, tem sido um desafio. Muitos tem sofrido com a falta de tratamento e de educação sobre como fazer com que seus tratamentos funcionem da melhor forma.
A diretora Amanda ainda observa que os terapeutas respiratórios fornecem educação em profundidade para pacientes que dormem com os benefícios da terapia e informações sobre a logística envolvida nos testes e no tratamento. Sem essa educação, os pacientes não têm os recursos de que precisam para dar continuidade a seus cuidados.
“Conseguir a adesão do paciente é fundamental para esta terapia. Se não houver uma educação aprofundada fornecida ao paciente sobre os benefícios da terapia, bem como as consequências de não cumprir o tratamento, o paciente pode optar por renunciar ou não cumprir a terapia’’, afirma Amanda.
Mudanças vão ficar
Felizmente, muitos centros do sono encontraram novas maneiras de fornecer terapia e educação para seus pacientes durante a pandemia. A diretora Amanda diz que a maioria passou a recorrer à telemedicina para fazer o trabalho.
“A terapia de conformidade com a telemedicina remota pode ser aumentada com uma educação detalhada fornecida com rapidez e frequência. Todo mundo precisa de um sono adequado, assim como todo mundo precisa de comida, exercícios e pouco estresse para ter sucesso e ter uma vida longa e saudável. Agora, nossos médicos devem usar seus conjuntos de habilidades exclusivas para fazer isso acontecer em meio a uma pandemia”.
Ela ainda vê dias melhores para os terapeutas do sono e seus pacientes com vacinas sendo lançadas em números recordes. Mas, ela acredita que muitas das mudanças implementadas durante a pandemia – incluindo a telemedicina – permanecerão por muito tempo após o fim.
“Estamos entrando em uma fase nova e promissora da pandemia. O uso da telemedicina para triagem e monitoramento de pacientes surgiu e permitirá a melhora no autogerenciamento domiciliar dos pacientes com distúrbios do sono. Da mesma forma, as altas taxas de insônia aguda associadas a esta pandemia e a evidência de que a insônia aguda frequentemente se transforma em insônia crônica, facilita ainda mais a necessidade de profissionais do sono treinado’’, afirma ela.
A diretora ainda diz que a educação sobre a saúde do sono, voltada para a população em geral, deve ser a prioridade para fornecer informações abrangentes sobre a saúde do sono.
RTs devem desempenhar um papel integral
Amanda Roby acredita que os terapeutas respiratórios desempenharão um papel vital em todos esses novos desenvolvimentos no mundo da medicina do sono. Ela prevê grandes oportunidades para os terapeutas que trabalham nesta área de cuidados.
“A área de saúde precisará de mais terapeutas respiratórios treinados nas arenas do sono para ajudar a facilitar as transições e os avanços tecnológicos na medicina do sono pós-Covid-19”, disse ela.
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Fonte: American Association for Respiratory Care